Dica de Álbum: “Anniversary: 1978 – 2018 Live In Hyde Park London (Live)”, The Cure

Uma das bandas mais longevas e criativas da história, o The Cure gravou — em 2018 — um show em comemoração aos 40 anos de carreira. O resultado é um álbum repleto de hits, numa respeitável performance de Robert Smith e companhia. Com tanta faixa boa no disco, é até complicado destacar algumas, mas cito “A Night Like This”, “Play For Today”, “Burn”, “Disintegration” e “Lullaby”. Para quem é fã da banda, imperdível. Para quem não é, taí uma excelente oportunidade de conhecer um grande nome do rock alternativo.

Dica de Álbum: “Master of Puppets”, Metallica

Hoje é dia de recomendar um clássico. Lançado em 1986, “Master of Puppets” é, na minha humilde opinião, o melhor álbum do Metallica. Último disco com o lendário baixista Cliff Burton – morto num acidente no mesmo ano, durante a turnê – ,  o álbum consolidou o nome da banda americana como um dos gigantes do gênero. Este é em exemplo de disco que você escuta da primeira à última música, sem pular nenhuma, mas destaco a faixa-título, a pesadíssima “Disposable Heroes” e “Orion”, a melhor música instrumental criada por uma banda de metal. Um álbum histórico!

Dica de Álbum: “Just Enough Education To Perform”, Stereophonics

Terceiro álbum de estúdio da banda de rock galesa Stereophonics, Just Enough Education to Perform foi lançado em 2001. O som do trio formado por Kelly Jones (vocal, guitarra), Richard Jones (baixo, harmônica) e Stuart Cable (bateria) é um hard rock de fácil audição e algumas belas melodias. Mas o diferencial dos galeses é a voz de Kelly Jones, rouca em diversas faixas e que casa perfeitamente com o instrumental da banda. Entre as faixas do disco, minhas preferidas são “Maybe”, “Mr. Writer” e “Everyday I Think of Money”. Recomendado para quem gosta do brit-pop do início do século.

Dica de Álbum: “The Darkest Place”, Warmth

Com o tsunami de informação e de notícias que se tornou ainda mais intenso com a pandemia, cada vez mais tenho recorrido à música instrumental para “me desligar” do mundo e desacelerar a mente. Uma de minhas audições preferidas tem sido as músicas produzidas pelo Warmth, que é, na verdade, projeto do músico espanhol Agustín Mena. Seu último lançamento, “The Darkest Place”, é um álbum para ser ouvido com fones de ouvido, no conforto de um sofá ou de uma cama. As camadas sonoras criadas pelo artista e os sutis arranjos e repetições que compõem cada faixa realmente são um convite à introspecção e o relaxamento. Destaco “The Infinite”, a faixa-título e “Everything Burns”. O álbum já está disponível no Deezer e pode ser ouvido também no site Bandcamp (www.bandcamp.com). Em dias tão conturbados como estes, o disco é um respiro de tranquilidade.

Dica de Álbum: “Lullabies In A Car Crash “, Bjørn Riis

Lançado em 2014, ” Lullabies In A Car Crash” foi o primeiro álbum do projeto-solo do guitarrista norueguês Bjørn Riis, um dos fundadores da banda de rock progressivo Airbag. Por se tratar de um trabalho solo, a sonoridade do disco remete às influências de Riis, especialmente os álbuns solo de David Gilmour e No-Man, com letras que falam sobre o medo do abandono, da alienação e da perda. Seis belas faixas compõem o disco, das quais destaco “Disappear”, “Out of Reach” e a faixa-título. É mais uma opção para os fãs de rock progressivo à procura de algo novo.

Dica de Álbum: “Mind The Acoustic Pieces”, Maiden United

O Maiden United é um projeto que inclui artistas de diversas bandas para tocar versões acústicas de músicas do Iron Maiden. A ideia do projeto nasceu de um show feito ainda em 2006 e resultou um diversos álbuns e apresentações ao vivo pela Europa. O primeiro álbum do United foi o “Mind the Acoustic Pieces”, que foi lançado em 2010 e se trata de uma releitura do clássico disco “Piece of Mind”, com novos arranjos, adaptados para o ambiente acústico. Admito que fiquei intrigado ao ouvir falar de versões totalmente acústicas da Donzela de Ferro, mas após escutar o resultado, fiquei impressionado. Destaco as faixas “Where Eagles Dare”, “Revelations” e “Flight of Icarus”. Para os fãs do Iron, vale muito a pena uma audição.

Dica de Álbum: “Live at Pompeii”, David Gilmour

Lançado em setembro de 2017, “Live at Pompeii” registra a performance ao vivo do guitarrista britânico David Gilmour durante a turnê de divulgação do disco “Rattle that Lock”, de 2015. As faixas que aparecem no álbum foram gravadas nos dias 7 e 8 de julho de 2016, no Anfiteatro Pompeii, mesmo local onde o Pink Floyd gravou – 45 anos antes – um disco com o mesmo título. Além de músicas clássicas do Floyd, o álbum contém algumas das melhores músicas da carreira solo de Gilmour. Destaco “Faces of Stone”, a intimista “A Boat Lies Waiting”, que foi escrita em homenagem ao falecido Rick Wright; “The Great Gig In the Sky”, que é sempre impressionante em performances ao vivo; além de “High Hopes” e “In Any Tongue”, com seus belos solos. Um disco essencial para quem gosta do trabalho de Gilmour, com o característico bom gosto nos arranjo e na ênfase por belas melodias. Show!

Dica de Álbum: “Leaving Eden”, Antimatter

Lançado em 2007, “Leaving Eden” é o quarto álbum de estúdio da banda britânica Antimatter. As faixas que compõem o disco misturam passagens melancólicas, letras sombrias, vocais melódicos, guitarras pesadas e arranjos de orquestra de uma maneira interessante e original. É mais uma sugestão para quem gosta de rock alternativo e quer ouvir algo novo. Destaco as belas “Conspire” e “The Immaculate Misconception”, além de “Redemption” e a faixa-título, a minha preferida.

Dica de Álbum: “Tears Roll Down”, Tears for Fears

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Formado em 1981 por Roland Orzabal (voz e guitarra) e Curt Smith (voz e baixo), o Tears for Fears foi uma das bandas pop mais criativas e influentes dos anos 1980. A coletânea Tears Roll Down, lançada em 1992, reúne as músicas mais relevantes da primeira fase do dueto, antes da separação que ocorreu entre 1991 e 2000. O álbum é um desfile de hits, dos quais eu destaco clássicos como “Sowing The Seeds of Love”, “Woman In Chains”, “Everybody Wants To Rule The World”, “Laid So Low (Tears Roll Down)” e “Shout”, a minha favorita. Ouvir o disco é como fazer uma viagem no tempo.

Dica de Álbum: “Mellon Collie and the Infinite Sadness”, The Smashing Pumpkins

A banda americana “The Smashing Pumpkins” é um dos nomes mais influentes no cenário do rock alternativo mundial. Seu terceiro álbum de estúdio, “Mellon Collie and the Infinite Sadness”, lançado em 1995 marca o ápice criativo do conjunto. Composto por 28 faixas – que, à época, foram distribuídas em 2 cds com 14 músicas cada – o disco é um concept album idealizado pelo vocalista e líder da banda, Billy Corgan, com o objetivo de representar o dia e a noite. Em virtude da quantidade de faixas, o álbum apresenta passagens para todos os gostos: melancólicas, agressivas, alegres, psicodélicas. É um disco que exige várias audições para entendê-lo como um todo, mas que vale o tempo. Destaco “Bullet with Butterfly Wings”, “1979”, “Zero” e “Tonight, Tonight”.